11º dia

Hoje o dia foi bem tranquilo. Como estava chovendo muito e é sábado, meu namorado e eu temos o hábito de ficar na cama até mais tarde. Mas como preciso respeitar meus horários de refeição, agora não faço mais como antigamente, que acordávamos às dez da manhã e ficávamos assistindo TV até umas duas da tarde e depois levantávamos morrendo de fome e acabávamos devorando uma porção de porcarias, tipo: bisnaguinhas com requeijão ou patê, misto-quente, bolo, biscoito. E tudo acompanhado de muita Coca-cola. Ou seja, um verdadeiro circo dos horrores pro nosso organismo.

Outro péssimo vício de fim de semana era comer baldes e mais baldes de pipoca, assistindo DVDs. Um filme atrás do outro, comendo pipoca sem parar, biscoitos, balas, chocolates. E sempre com muita Coca-cola para acompanhar. Um círculo vicioso interminável! Ele é magrinho, se esbalda nessas coisas e mal ganha peso. Já eu sempre ganhei pelos dois. Por isso, em vez de me descabelar e tentar mudar os hábitos dele, aprendi a me controlar. Se já é difícil mudar os meus hábitos, imagina ter de mudar o meu e o de outra pessoa? Nem pensar. Até pego no pé dele, mas por questão de saúde, já que engordar mesmo ele engorda muito pouco pelo tanto de besteiras que come.

Meu auto-controle já alcançou um nível tal que hoje quando fomos comprar Coca-cola (Zero pra mim, claro), até sugeri que ele comprasse um salgadinho pra ele. Semana passada tava quase esganando ele por comer chocolate na minha frente, sendo que eu nem gosto muito de chocolate...
Ou seja: querer é poder!

O auto-controle é possível sim. Nosso cérebro é altamente sugestionável. O problema é que ele é bombardeado com as sugestões erradas, diariamente. E se estamos mal-acostumados com essa "programação errada", o que fazer? Jogar sujo com nosso cérebro. Isso mesmo, dar um golpe baixo. Começar a pensar as piores coisas a respeito de tudo que é tentador. Pense na quantidade de açúcar de um copo de Coca-cola normal. Ou na quantidade de gordura de um salgadinho. Pense que aquele delicioso hamburguer com tudo dentro vai explodir a tua taxa de colesterol. Ou que aquele pão de farinha branca recheado de manteiga todas as manhãs pode te proporcionar um câncer no intestino. Exagere mesmo! Seja trágico! Inverta as coisas a seu favor. Tenho certeza que com o tempo, aquelas "gostosuras" que você adorava devorar aos montes, diariamente, não vão mais te parecer tão saborosas e tentadoras.

Aprenda a substituir. O período de dieta pode ser extremamente enriquecedor! Você tem liberdade para testar muitos temperos diferentes e diferentes modos de preparo para aquele legume que você sempre achou super sem-graça. Ou pode descobrir que apenas uma fatia de pão integral com queijo branco e uma maçã, te satisfazem o suficiente, tanto quanto aquele misto-quente hipercalórico repleto de manteiga. Depois que a dieta acabar e você estiver no seu peso ideal, as substituições que você aprendeu e com as quais se habituou, serão valiosas na manutenção do seu peso. Em outras palavras, mais do que emagrecer você precisa passar a pensar magro.

Eu sei que enquanto estamos obesos, habituados a comer quilos e quilos de açúcar, gorduras e farináceos brancos, tal realização parece tão distante da nossa realidade quanto os anéis de Saturno. Mas se você seguir a primeira fase da dieta com determinação, sem comer nada além dos alimentos permitidos, sem cair em tentação, a parte mais difícil terá passado. Depois é reeducar a alimentação, introduzindo o carboidrato aos poucos e sempre de forma integral, mantendo sempre as quantidades sob rígido controle.

A grande verdade é: tudo depende unicamente de você. Depende do quanto você deseja realmente ser uma pessoa magra e saudável. Ou melhor! Tudo depende do quanto você já está saturado de ser gordo(a), de estar acima do peso, de sentir-se infeliz consigo mesmo e com a sua aparência. Tenha isso em mente o tempo todo. Pratique a auto-motivação. O benefício será todo seu.

Reeduque sua alimentação. Reprograme seu cérebro.
Mude sua vida.