Peso incial e meta final a ser alcançada

segunda-feira, outubro 25, 2010

Voltei!

Eis-me aqui, de volta.

Depois de um longo período de ausência, resolvo retomar as postagens no blog que tanto me ajudou no difícil processo de começar a emagrecer e mudar de hábitos.

Minha prolongada ausência teve um motivo. Um não - vários. Sempre digo: "cuidado com o que desejas, pode tornar-se realidade." No meu caso, desejei tanto e tão forte, que parece que um furacão passou na minha vida e mudou absolutamente tudo. Explico.

Quando estava gorda, me sentia triste e infeliz, dia após dia. Nenhuma roupa me cabia, tinha desgosto de me olhar no espelho, achava que não era mais desejada e desejável, me sentia mal condicionada fisicamente. Mesmo vivendo um relacionamento de 6 anos, achava que tudo estava indo pelo ralo simplesmente pelo fato de que não me sentia bem comigo mesma. Aquele monte de peso extra, resultado de anos e anos de excessos e descaso, gritavam minha irresponsabilidade e minha falta de amor-próprio, muito mais do que podia imaginar. E isso me punha em situações por muitas vezes degradante, sem sequer me dar conta disso. Triste, muito triste. Mas é isso que os quilos extras fazem a você, falam de você. É besteira iludir-se, é besteira tentar se convencer de que é feliz acima do peso se lá no fundinho você sabe que não é. Seguir manuais de felicidade é uma tremenda roubada. Cada um sabe exatamente o que lhe faz feliz ou infeliz. O que acontece muitas vezes é que evitamos encarar e enfrentar aquilo que nos deprime, porque admitir infelicidade é algo quase impossível ao ser humano. É mais fácil alguém mentir descaradamente a si mesmo que é ou pode ser feliz com aquilo que o incomoda do que encarar que não é feliz, mas pode ser, se fizer por onde encontrar a felicidade.

Pois bem. Desde que comecei a dieta, muita coisa mudou. Comecei, quase que imediatamente, a me dar conta do tempo que havia jogado fora sendo infeliz e me convencendo de que não era infeliz. Logo nos primeiros quilos e centímetros perdidos, notei que SIM, entrar facilmente numa roupa era motivo de bem-estar e felicidade. Ao passo de que me torcer para espremer minhas banhas numa calça jeans feia (porque era a única que me cabia), era motivo de incômodo e infelicidade. Porque fingir? Porque tentar enganar a mim mesma? O passo mais importante para começar a buscar a mudança que me faria feliz, foi admitir mesmo que estava infeliz. Dane-se o que os outros pudessem dizer ou pensar. O que vale mais: fingir que sou feliz ou sê-lo de fato? Eu tomei minha decisão e posso dizer que sinto-me satisfeita e realizada com ela.

Comecei minha dieta no final do mês de abril. Em junho completei 6 anos de relacionamento, no dia 18. No dia 25 realizei minha sonhada viagem a Buenos Aires, na companhia de uma amiga, já 10 quilos mais magra. No entanto, ao retornar desta viagem, levei um pé na bunda do meu então namorado. Sim, após 6 anos de relacionamento, recém- completados. Sim, depois de iniciar um processo de emagrecimento, restauração da auto-estima, uma cura profunda do meu eu. No momento não entendi. Chorei, sofri. E não foi pouco. Mas querem saber? Mesmo em meio ao rio de lágrimas que derramei e do medo e da incerteza do que seria o meu futuro dali pra frente, sabia que aquilo ali (a separação) era a melhor coisa que poderia me acontecer naquele momento. E, efetivamente, foi.

Mudei de vida, no mais amplo sentido da palavra. Aos 33 anos me vi novamente solteira, retornei à minha cidade natal, completamente sem chão. Sem emprego, sem nenhuma perspectiva. Mas o que poderia se tornar minha ruína, foi justamente o que me impulsionou. Nunca fui a favor de sentar e chorar, detesto que as pessoas façam isso. Levante a cabeça! Lute! A vida é muito mais que apenas um momento. A vida é feita de muitos momentos e alguns deles serão bons, outros ruins; alguns ótimos, mas outros com certeza serão péssimos. Entenda que para caminhar de um dia feliz a outro, é inevitável passar por momentos infelizes. E tudo depende da forma como você encara. Se ficar o tempo todo colocando numa balança o bom e o ruim, vai acabar se convencendo daquilo que quiser, o que nem sempre é uma boa ideia. Apenas viva, um dia de cada vez. Tenha metas, sonhos, planeje. Mas enfrente corajosamente o desafio de viver um dia de cada vez. Metas se modificam, sonhos se desfazem, planos são feitos para serem alterados. Não se deixe abater por mudanças. Mesmo quando parecem ruins, elas podem ser excelentes.

Veja meu exemplo: se me deixasse abater, teria desistido do meu emagrecimento, das minhas mudanças de hábitos, teria desistido de mim. E porque deveria desistir de mim? Só porque outra pessoa desistiu? Nem pensar! A partir daquele momento, uma transformação profunda - passei a ser, verdadeiramente, a pessoa mais importante da minha vida. Não tinha onde morar, não tinha renda, não tinha nada. Tudo o que eu havia planejado para os próximos 70 anos da minha vida, ruíra, da noite pro dia. Pois bem. Chorei, sofri, me degradei. Mas me prometi que sentiria toda aquela dor até a última gota e não carregaria mais nada daqueles sentimentos comigo, quando minha nova vida começasse. E fiz isso! Aproveitei a chance de ter uma vida completamente nova! Agarrei a oportunidade com unhas e dentes e agora posso dizer uma coisa, com convicção: estou feliz!

Consegui um lugar pra morar onde me sinto segura mesmo sozinha, retomei minha antiga atividade de esteticista capilar, reaproximei dos meus amigos e da minha família ao retornar à minha cidade natal. Aproveitei a fase de mudanças profundas e implantei novas diretrizes para tudo, inclusive para minhas relações interpessoais. Eliminei tudo que não fosse bom pra mim e isso incluiu amizades antigas, mas que há muito já não me acrescentavam nada, ao contrário, só subtraíam. Continuei firme no propósito de harmonizar a mulher que existe em meu interior com a imagem que as pessoas vêem. E vejo os frutos desse esforço refletidos no espelho, a cada manhã. Me sinto mais bonita, atraente. Sou desejada e elogiada - isso não tem preço! Passei a me respeitar num nível tão alto que já não admito menos que o melhor para mim. Curei meu "vício" por me envolver com homens problemáticos e que precisam ser cuidados em vez de simplesmente amados. Não aceito mais, em hipótese alguma, ser a segunda opção de alguém. Graças a todo esse esforço e determinação, sinto-me recompensadíssima. Tenho amigos maravilhosos ao meu redor. Conheci alguém que faz com que me sinta querida, desejada, bonita e, sobretudo, respeitada. Isso não tem preço!

Por isso eu digo, pessoas que chegaram até aqui neste longo mas necessário texto: é possível SIM! Amem-se! Respeitem-se! Tenham orgulho de quem vocês são e não do que possam possuir. O que possuimos torna-se nada quando nos orgulhamos do que somos. E eu posso dizer isso com propriedade, pois meu orgulho pelo que sou, por quem sou, cresce a cada dia. Quaisquer mudanças que decidam fazer em suas vidas, em seus hábitos, em seu corpo, façam por si mesmos! Aprendam que você é a pessoa mais importante da sua vida, a pessoa que vai te amar incondicionalmente, que estará sempre contigo. Eu demorei, mas aprendi a me amar, a preferir a minha companhia à de qualquer mané. E agora sei que posso vir, um dia, a amar verdadeiramente um homem que mereça quem eu sou - uma mulher  especial e única. Assim como todas as mulheres devem ser.

Estou de volta!  :)


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